Metrô SP

Anunciada há 10 anos, Linha 6-Laranja do Metrô foi inicialmente prometida para 2012

Nesta semana o governo estadual anunciou que adiou o prazo de caducidade do contrato de concessão da Linha 6-Laranja de Metrô. Trata-se de uma tentativa da administração em concluir a aquisição do consórcio por um grupo estrangeiro, que pode agilizar a retomada das obras do eixo metroviário entre a Brasilândia e a estação São Joaquim.

O projeto, no entanto, não é novo e foi anunciado na década passada. Acompanhe o histórico:

2008

Em 25 de março de 2008, o governo estadual junto com a prefeitura de São Paulo prometeram entregar juntos a nova linha com um prazo de inauguração para 2012. O secretário dos transportes metropolitanos da época, José Luiz Portella, chegou a declarar que “duas ou três estações” poderiam ser inauguradas em 2011.

O projeto dessa época previa ligação em Y, ou seja, dois pontos finais, mas depois foi alterado para a forma como é conhecida nos dias de hoje:

2011

Em fevereiro de 2011 a administração estadual alterou o processo de implantação, e anunciou que faria uma parceria público-privada (PPP). O edital de chamamento público para convocar os interessados na PPP foi publicado em 6 de outubro. Na ocasião previa-se que o edital final, para construção (avaliada em dez bilhões de reais), seria lançado em 2012. No edital constava o trajeto prioritário entre Brasilândia e a Estação São Joaquim, além de dois trechos adicionais, até Cidade Líder, a leste, e até a Rodovia dos Bandeirantes, a oeste.

2015

Em 2015, O Consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, único a participar da concorrência pública, assumiu o contrato de construção. Seria responsável pela construção e operação da linha.

2016

Em setembro de 2016, o consórcio responsável anunciou a suspensão das obras por tempo indeterminado, devido à falta de verbas por problemas de financiamento a longo prazo, o que poderá causar novos atrasos na previsão de entrega. Empresas que faziam parte do consórcio foram investigados pela operação lava jato, da Polícia Federal, o acabaram tendo dificuldades na obtenção de recursos.

2018

O então governador Márcio França oficializou, por meio de decreto, a caducidade do contrato com o Consórcio Move São Paulo. O Estado estudava realizar outra licitação para concluir a ligação. A STM – Secretaria de Transportes Metropolitanos informou na época que o Consórcio foi multado em R$ 259,2 milhões.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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