O Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT do Rio de Janeiro completa nesta quarta-feira, 5 de junho, três anos de operação. O sistema que transporta cerca de 80 mil usuários por dia rende discussões prós e contras ao meio de transporte.
Serviu como marco para a revitalização do Porto Maravilha e foi um dos primeiros sistemas na América do Sul a conter a tarifa espontânea, onde o passageiro paga a passagem sem que tenha um cobrador. E os índices de evasão não chegam a 10%.
Mas, aquele que é considerado o meio de transporte super moderno enfrenta uma batalha dura: é deficitário, ou seja, o que se arrecada não banca sua operação. Já foi chamado pelo prefeito da cidade, Marcelo Crivella, de “porcaria“, uma vez que a prefeitura precisa cobrir os custos de operação, ainda que os trens sejam operados por uma concessionária privada. Crivella se referia ao fato da administração pública ter que arcar com custos, sendo que existem outras demandas, como creches.
Conta com 28 km, e a frequência dos trens é de 5 a 10 minutos. As composições trafegam em uma velocidade média de 15 km por hora, mas podem chegar a 50 km/h. O sistema conta com 32 trens fabricados pela Alstom do modelo Citadis. Possuí 2 linhas, e uma terceira deve ser entregue em breve.
Aprovado pelos usuários
Se o prefeito do Rio de Janeiro diz que o sistema é uma “porcaria“, a maior parte dos usuários do meio de transporte o considera bom ou muito bom.
Uma pesquisa do Instituto Datafolha aponta que 92% dos usuários do bonde moderno avaliam o funcionamento bom ou muito bom. A pesquisa tem margem de erro de 3 pontos percentuais e o índice de confiança da pesquisa é de 95%. Dos passageiros, cerca de 70% utilizam o transporte para deslocamentos de trabalho, durante os dias úteis.
Expansões
O projeto básico do VLT Carioca já previa rotas para duas futuras expansões: uma no sentido sul, passando pela Lapa e chegando à Marina da Glória, e outra no sentido oeste, passando pela Cidade Nova até o bairro de São Cristóvão.
Existem ainda planos para um ramal ligando o Centro à Gávea, na Zona Sul, passando por Glória, Catete, Flamengo, Botafogo, Humaitá e Jardim Botânico.
No entanto, não há previsão de obras para nenhuma dessas extensões a curto ou médio prazo.