Em meio a uma grave crise, fabricantes do setor ferroviário junto com a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), apresentaram aos candidatos ao palácio do planalto, e aos governos estaduais um plano que reúne propostas ao setor de mobilidade urbana, visando o emprego e desenvolvimento.
Segundo informações da ABIFER, entre 2010 e 2017, a industria entregou em média 334 carros de passageiros por ano. Já em 2018, este número caiu para 298, e no ano que vem a situação poderá ser pior, já que não existem projetos em curso. A Associação que representa fabricantes como Alstom, CAF, Bombardier e Hyundai Rotem, afirmou em nota que a mão de obra também caiu em 75%. Dos 10 mil postos de trabalho, hoje a indústria nacional conta com apenas 2.500 trabalhadores.
Entre as propostas entregue pela ABIFER, estão a expansão de linhas, implantação dos trens intercidades em São Paulo, além da concessão de redes. Confira:
• Planejamento de longo prazo, integrado com outros modais e planos de expansão, com visão de Estado, que vá além de governos e adoção de políticas industriais de incentivo ao setor de manufatura de material rodante e sistemas ferroviários;
• Avaliação de privatização da CBTU e Trensurb, mediante compromisso de investimentos em extensão das linhas, atualização do material rodante e sistemas, além das melhorias de serviço;
• Diligencias necessárias para a viabilização da licitação do Trem Intercidades de São Paulo, trechos São Paulo-Americana e São Paulo-Sorocaba;
• Apoio da Secretaria de Mobilidade Urbana na proposição do RETREM (à semelhança do REFROTA rodoviário) para renovação das frotas, sem impostos: 20 trens (80 carros) do Metrô Brasília; 25 trens (100 carros) da Trensurb; 30 trens (180 carros) do Metrô Rio; 25 trens (100 carros) do Metrô BH e 25 trens (100 carros) do Metrô Recife;
• Disponibilização de recursos federais e diligências necessárias para a implementação de serviços estruturantes de VLTs nas macrometrópoles (Goiânia, Brasília, Brasília-Luziânia, Niterói, Natal e Maceió).