A Câmara de São Paulo aprovou na terça-feira (12) projeto que adia o prazo em 10 anos para que a cidade tenha a frota de ônibus menos poluente e 20 anos para que os coletivos deixem de emitir completamente dióxido de carbono.
Pelo projeto inicial, a cidade de São Paulo deveria ter veículos 100% limpos até 2018, mas o município não conseguirá cumprir o prazo previsto pela Lei de Mudanças Climáticas, de 2009. Atualmente, menos de 2% dos 14 mil ônibus da cidade não são poluentes.
O projeto prevê ainda que, em dez anos, os coletivos devem reduzir a emissão de dióxido de carbono em 50% e de material particulado em 90%, entre outros poluentes. Para entrar em vigor, ele ainda precisa ser aprovado em segunda instância e sancionado pelo prefeito João Doria.
O texto também prevê o retorno da inspeção veicular à capital como ferramenta para melhorar a qualidade do ar. Pelo projeto, a inspeção seria obrigatória para automóveis com mais de três anos e seria realizada a cada dois anos.
O prefeito João Doria já afirmou que defende a realização da inspeção de forma gratuita. Algumas categorias, porém, poderão pagar multa se estiverem em desacordo com as inspeções. As sanções chegarão a R$ 5 mil para caminhões e fretados, segundo o projeto de lei que tramita na Câmara.
O texto aprovado foi feito com participação de ONGs ligadas ao meio ambiente e traz medidas mais rígidas em relação a projetos anteriores.