Linha 10-Turquesa da CPTM, a mais bem avaliada segundo pesquisa da ANTP
CPTM

Equipamentos que seriam utilizados na revitalização da CPTM estão abandonados

Os equipamentos que seriam usados na modernização nos trens da CPTM e ajudariam a evitar problemas e falhas nos trens da Linha 10- Turquesa estão abandonados e enferrujados no pátio de Capuava em Mauá, na Grande São Paulo. Além disso, a implantação de uma subestação de energia não foi concluída porque o terreno está penhorado.

Em Santo André, também na Grande São Paulo, a obra de revitalização está há dois anos abandonada. Não há funcionários trabalhando no local e o mato está alto às margens da linha de trem.

Os trens da CPTM são movidos a energia e quanto mais moderno for o sistema de alimentação elétrico, menos falhas vão ocorrer nos trens.

A licença ambiental para a obra saiu em 2009, há 18 anos, e no ano seguinte teve início a construção de uma subestação de Santo André em uma área que nem tinha sido comprada.

“Verificou-se que tinha um problema de penhora do terreno para a rede ferroviária federal. A rede tinha dívidas com seus fornecedores, isso foi penhorado, isso está na Justiça desde então para ser resolvido. A gente tem informação que foi resolvido agora, mas ainda não temos a liberação para poder retomar a obra”, afirmou Paulo de Magalhães, presidente da CPTM.

A CPTM disse que a obra na Linha 10 fazia parte de um contrato maior que incluía a modernização das linhas 8-Diamente e 11-Coral, assinado em 2009 pelo valor de R$ 134 milhões e teve 93% do serviço concluído.

Os equipamentos que seriam instalados na subestação de Santo André foram largados no canteiro em Capuava.A CPTM paga vigilantes para tomar conta do local, mas os transformadores tomam sol e chuva, estão com lodo e ferrugem. O Sindicato dos Ferroviários diz que pretende acionar o Ministério Público.

O presidente da CPTM defende que os equipamentos não correm risco por não estarem guardados da maneira correta, mas um especialista em engenharia elétrica contesta e diz que as peças podem funcionar mal ou nem funcionar quando forem instaladas.

“Se não se faz nada em termos de manutenção todo o projeto que teve um estudo de confiabilidade, de qualidade e proteção começa a perder parâmetros e as falhas começam a aparecer de forma bem exponencial”, disse o professor Edson Motoki.

Sobre o armazenamento inadequado dos equipamentos, o presidente da CPTM disse que técnicos especializados avaliaram e não encontraram nenhum problema.

Fonte: Reportagem da TV Globo

Sobre o autor do post

Caio Lobo

Paulistano e Corinthiano, formado em Marketing porém dedicou sua experiência profissional, pós-graduação e MBA na área de Finanças. Temas relacionados à mobilidade urbana o fascinam, principalmente quando se fala de metrô.

Via Trolebus