O prefeito de São Paulo, João Doria, disse que cobrará imediatamente a multa de de R$ 300 mil que o Tribunal Regional do Trabalho determinou caso os ônibus não circulassem nesta quarta, 15. Já a decisão da 13ª Vara da Fazenda Pública favorável à Prefeitura determina multa de R$ 5 milhões por hora caso não fosse mantido em circulação no mínimo 70% da frota de ônibus. Nennhuma das determinações foi respeitada pelo sindicado dos motoristas de ônibus e cobradores nesta manhã e a população ficou sem ônibus até às 8h.
“A Prefeitura vai pedir a cobrança da multa do sindicato que fez o que não deveria fazer. O sindicato não pode estimular uma greve, sobretudo quando há uma decisão judicial. Decisão judicial é feita para ser respeitada”, afirmou Doria. Segundo o prefeito, o pedido será feito “imediatamente”. “Já orientei o secretário para que faça. Já foi feito inclusive, é R$ 5 milhões. Isso foi estabelecido pela Justiça. E a Justiça, repito, sentença é para ser cumprida”, disse.
Doria no entanto afirmou que não cortará o ponto dos grevistas.
“Nós não gostamos desta situação, da forma como foi feita a greve na cidade de São Paulo, porque colocou em prejuízo milhões de pessoas que nada tem a ver com a greve. O movimento, o protesto, tem toda legitimidade, mas não era preciso fazer greve, bastaria ter feito em uma parte determinada da cidade. Foi um prejuízo enorme em uma metrópole como São Paulo e não é justo que aqueles trabalhadores tenham o prejuízo de perder um dia do trabalho”, afirmou.
“Já tiveram o sufoco de chegarem nos terminais de Metrô e ônibus e não conseguirem chegar ao trabalho. Então, eu faço um apelo aos empresários que não deduzam o dia de trabalho daqueles que tentaram e não conseguiram. E imagino também que os grevistas, até por força de lei, não venham a repetir esta situação, até porque tanto o governo do estado como a prefeitura, que eu respondo, nós não vamos admitir mais situações como esta”, afirmou o prefeito.