Um levantamento feito pelo portal UOL, com base em dados da Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, mostra que o número de acidentes na Linha 4-Amarela, que no caso são, conforme o Metrô, “ocorrências que demandam encaminhamento para atendimento médico”, aumentou 33% comparando o período de janeiro a outubro de 2016 com o mesmo período de 2015. Foram 195 ocorrências contra 147 em 2015.
A estação Paulista foi a que apresentou o maior número de ocorrências: 40, seguido da Butantã com 38 e Pinheiros com 34.
De acordo com a concessionária ViaQuatro, responsável pela operação da linha 4, os acidentes geralmente são quedas, torções e desequilíbrios nas escadas rolantes ou no interior dos trens. Em 2016, quatro acidentes ocorreram dentro das composições. No ano retrasado, não houve nenhum registro dessa natureza.
Segundo a empresa, “todas as ocorrências são consideradas acidentes, independentemente se atendidas na estação ou se encaminhadas para o hospital”. Ou seja, o critério diverge do apresentado pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos e pelo Metrô, para o qual “acidentes” só são contabilizados nos casos de “usuários que foram encaminhados para atendimento hospitalar”.
Nas demais linhas, houve queda no número de acidentados. Foram 480 de janeiro a outubro de 2016 contra 556 no mesmo período do ano anterior. A linha 1 teve 149 acidentes, a linha 2 com 54, a linha 3 com 235 e a linha 5 teve 41. O monotrilho da linha 15 teve 1 acidente no período.
Notas da ViaQuatro e Metrô ao Portal UOL:
Por meio de nota, a ViaQuatro informou que “transportou com conforto e segurança 167,7 milhões de passageiros de janeiro a outubro de 2016, uma média de 700 mil pessoas em dias úteis”, e que os acidentes registrados “correspondem a 0,0001% desse universo”.
Além disso, o texto diz que os “atendimentos realizados pela concessionária nesse mesmo período são de pequenos acidentes que ocorrem nas escadas rolantes, como quedas, torções e desequilíbrios no interior do trem”.
A concessionária afirmou ainda que “oferece ampla infraestrutura aos passageiros que necessitem de atendimento” e que “possui salas de atendimento de primeiros socorros nas sete estações, equipadas com aparelhos básicos de pronto atendimento e desfibriladores”, além de ambulâncias.
Os agentes de segurança da linha, conforme a empresa, “são treinados em atendimento de primeiros socorros e combate a incêndio”. Já em “caso de necessidade, o passageiro é encaminhado ao hospital público mais próximo”. A ViaQuatro também revelou fazer “campanhas educativas permanentes que incentivam atitudes cidadãs”.
Já o Metrô e a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos informaram, também em nota, que o índice de acidentes “é extremamente baixo, de 0,64 ocorrências por milhão de passageiros transportados” e que, nos últimos anos, “apesar de constante aumento no fluxo de usuários, esse índice vem caindo”.
Sobre as características das estações da linha 4-amarela, a pasta disse ainda que os “projetos de arquitetura das estações de metrô buscam o atendimento às necessidades operacionais do sistema de transporte, com segurança, conforto, qualidade e adequada inserção urbana” e que o “dimensionamento das instalações são definidos em função das estimativas de demanda de usuários de cada estação, estabelecidas a partir das pesquisas de origem e destino”.
Ainda conforme o Metrô e a secretaria, os projetos das estações das linhas metroviárias, inclusive da linha 4, “são feitos segundo as melhores técnicas de engenharia e em obediência às normas técnicas pertinentes ao assunto” e que, “em nenhum momento, há descuido com a fluidez dos usuários”.