A decisão de congelar a tarifa de ônibus na cidade de São Paulo, feita por João Doria, pode acarretar problemas para o Metrô, sob comando do padrinho político do prefeito eleito, Geraldo Alckmin.
A companhia admitiu a à imprensa que manter a tarifa dos ônibus a R$ 3,80, diferentemente dos transportes sobre trilhos, deve causar perdas de passageiros na malha metroviária.
“Neste momento, não estamos avaliando isso [a possibilidade de congelar a tarifa]. Necessitamos de um reajuste … Sempre que você tem esse descolamento [tarifa de ônibus diferente da tarifa de metrô] é natural que exista um fluxo de transferência de usuários de um modal para outro … Se for um valor muito alto [a diferença entre as tarifas], óbvio que essa fuga é muito maior”, afirmou o diretor financeiro do Metrô, José Carlos do Nascimento, em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”. Ele diz que a decisão cabe ao governador.
Se for levada em consideração a correção pela inflação oficial e os arredondamentos, a tarifa pode chegar até R$ 4,10.
Diminuição de passageiros VS Aumento de Falhas
O Metrô já perdeu usuários, onde este ano houve queda de 6,3% no número de passageiros diários. Por outro lado, o número de panes aumentou.
Um levantamento feito pelo jornal “Folha de São Paulo” apontou aumento no número de panes, onde o índice mostra que quase dobraram o número de ocorrências, que consequentemente afetam o deslocamento dos passageiros, as chamadas “velocidades reduzidas e maior tempo de parada”, quando a paralisação se dá mais que cinco minutos.
Em 2010 foram 30 ocorrências intituladas de “notáveis”. Já no primeiro semestre deste ano já foi atingido a casa dos 44. Este cenário corresponde a operação das linhas 1-Azul, 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás. Por outro lado, a rede não cresceu nem em número de quilômetros percorridos, e em extensão de rede cresceu pouco.
Em contrapartida o governo estadual deve reservar maiores investimentos na modernização das linhas em operação em 2017, sendo que a 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha devem receber R$ 210 milhões, correspondendo acréscimo de 27%.