Foto: Fernando Pereira | Secom
Durante entrevista à Globo News, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria, afirmou que deve manter a tarifa de ônibus a R$ 3,80 para evitar “conturbação”.
“Não é populismo. É uma ação sensata , equilibrada. Ela tem um risco e tem um custo, mas São Paulo foi palco, no primeiro ano da gestão Haddad, de um movimento que se espalhou por todo o Brasil, movimento passe livre. Você se lembra da convulsão que houve em São Paulo e em todo o país. Não desejamos isso novamente. Em uma mudança de gestão, anunciar aumento de tarifa de ônibus, ainda que seja necessária, ainda que seja correta. Não é medo. É o bom senso de evitar uma conturbação nas ruas no momento da transição de uma gestão”, afirmou.
Doria acredita que a medida deva custar entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões, e que o valor seria “perfeitamente possível de recuperar” com uma eventual economia de gestão.
No entanto, técnicos da prefeitura apresentaram outros números. O mesmo corpo de especialistas que enviou proposta de Orçamento para 2017 a Câmara Municipal, estima que o congelamento deva custar R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Então, se os cálculos menos otimistas vierem a ser aplicados, e o prefeito honrar sua promessa, os subsídios poderiam chegar na casa entre R$ 2,7 bilhões e R$ 3 bilhões em 2017, levando em conta que R$ 1,7 bilhão já estão previstos para bancar o transporte no ano que vem.