O prazo de implantação do novo sistema de sinalização CBTC (por sua sigla do inglês Communications-Based Train Control / Controle de Trens Baseado em Comunicação) nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha, do Metrô de São Paulo, tem um novo prazo máximo: 2021. Atualmente a nova tecnologia está operante e sendo ajustada na Linha 2-Verde.
A funcionalidade foi contratada em 2008 por R$ 780 milhões, e deveria ser implantada nas três linhas em 2011. Em 2015, o Governo Estadual chegou afirmar que estudava reincidir o contrato, e que havia aberto um procedimento arbitral internacional para tratar das divergências e prejuízos sofridos pelo Estado de São Paulo e por sua população em consequência do atraso na implantação do sistema. (relembre aqui).
A Alstom, por sua vez, afirmava que o Metrô não finalizou obras físicas nas três linhas para que o sistema fosse implantado, e que a companhia queria um produto muito mais sofisticado do que estava previsto no contrato.
Então, ambas as partes pediram a suspensão da arbitragem porque discutiam um acordo, firmado em 27 de janeiro deste ano, onde Metrô e a Alstom desistem dos valores que reivindicavam, inclusive da multa de R$ 78 milhões aplicada na empresa francesa.
Em entrevista à Folha de São Paulo, o Secretária de Transportes Metropolitanos disse que o acordo “foi a melhor opção porque evitou a rescisão de um contrato com mais de 60% de execução e que implicaria na busca e contratação de uma nova ferramenta com os mesmos requisitos técnicos”.
O novo sistema de sinalização promete reduzir o intervalo em 20%. Meses após a implantação da Linha 2-Verde, segundo informações preliminares do Metrô, em uma reunião com blogueiros e atuantes nas redes sociais, foi informado que a nova funcionalidade pode contribuir para economia de energia, e que a condução dos trens na nova tecnologia são mais suaves, sem “trancos” costumeiros das linhas 1 e 3.
Quando o CBTC estiver implantado na linha 3-vermelha, o intervalo entre os trens será reduzido de 124 segundos para 75 segundos em horário de pico.