De todas as falhas ocorridas nas seis linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, cerca de 70% são oriundas dos trens em operação. A informação é do próprio governador Geraldo Alckmin, dada nesta quarta-feira, 7 de julho, em entrega do primeiro trem da série 8500.
Alckmin comemorou a entrega do novo trem, o primeiro de 65 novas composições, e disse que as falhas devem diminuir.
No entanto, o passageiro ainda deve conviver com composições antigas. Em um comentário em uma publicação aqui no Via Trolebus, nosso leitor Ivo Soares fez um levantamento que ilustra bem este cenário:
“A frota operacional é de 135 trens. Para atender a demanda no horizonte 2020 (intervalos de 4 min, sinalização e energia modernizadas), a CPTM precisa ter 284 trens. Assim, serão necessárias novas aquisições para atingir esse número. E nesses 135 atuais estão tanto trens novos quando à frota antiga. Assim, ainda é cedo para aposentar trens antigos. A CPTM precisa comprar 84 trens novos para acrescentar à sua frota e substituir outros 38 para substituir as frotas 1100, 1400,1600, 4400 e 5400. Caso substituam a frota 2100 (pouco provável), serão necessários mais 24 trens, num total de 62 trens antigos. Isso sem contar as frotas 1700 (ainda operacional) e 5550 (parada por falta de peças)”.
Vale lembrar que o contrato de troca do sistema de sinalização está suspenso, conforme nota da CPTM enviada ao Via Trolebus em fevereiro deste ano. (relembre aqui). Sem a nova funcionalidade é praticamente impossível reduzir o tempo de espera nas seis linhas da companhia.