O sistema de transporte público Transantiago, na capital do Chile, registrou queda no número de passageiros em 2015, representando a maior redução em quatro anos, de acordo com um relatório do Conselho de Transporte Público Metropolitano (DTPM).
A queda entre 2014 e 2015 foi na ordem de 3,5%, o que pode significar menos receitas para o sistema que abrange ônibus e metrô. No entanto, especialistas divergem em relação aos motivos da redução.
O relatório aponta entre muitos dos fatores, a crise econômica. Neste período houve uma diminuição de 58 milhões de viagens, registradas pelo bilhete Bip. No últimos cinco anos a queda foi de 230 milhões viagens.
Outros motivos que podem explicar, segundo autoridades locais, é a queda do petróleo com a redução no preço da gasolina, ou até a evasão da tarifa, praticado por parte dos usuários.
Segundo o diretor do DTPM, Guillermo Muñoz, a ampliação da rede trouxe mais agilidade ao sistema, e maior conhecimento de caminhos acessíveis, o que pode ter suprimido viagens.
Já outro especialista atribui a queda do transporte à intermodalidade. “As pessoas fazem combinações de ônibus, bicicleta ou a pé”, diz Victor Barrueto, presidente da Fundação Transurbano, que também aponta para o crescimento da frota de carros. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 15 anos um milhão de veículos foram incorporados à frota de Santiago, totalizando cerca de 1.800.000 carros.