O número de autuações por excesso de velocidade na cidade de São Paulo cresceu cerca de 65% em 2015, na comparação com 2014, segundo dados da Companhia de Engenharia de Trafego, a CET. Foram 5,1 milhões de multas em 2015, aproximadamente, contra 3,1 milhões registradas em 2014.
A alta vem em um momento em que a prefeitura de São Paulo reduziu limites de velocidades, como parte de um programa para redução no número de mortes. Segundo levantamento da prefeitura, com a medida, a queda de óbitos no trânsito de São Paulo foi a maior desde 1998. O poder público ainda estima que a medida libera 60 leitos hospitalares por dia e libera R$ 6,2 milhões em gastos hospitalares.
Já em um panorama geral das multas, o ano passado teve 13,3 milhões de autuações, contra 9,3 milhões em 2014, representando uma alta de 43%.
Este tema é polêmico, e diversas vezes seu debate vem misturado com paixões partidárias, do lado de quem é crítico à medida ou a prefeitura. Os críticos atribuem os feitos pela atual administração a uma eventual industria da multa. Por outro lado, os defensores e a própria administração municipal se vale por dados e estudos técnicos.
A gestão do prefeito Fernando Haddad lançou o “Painel Mobilidade Segura”, um site que mostra as estatísticas das autuações aplicadas na capital paulista. Os dados revelam que 69,11% dos veículos licenciados não receberam nenhuma multa, o que evidencia que a maioria dos motoristas não cometem infrações de trânsito. Outra informação é que mais de 70% das multas são aplicadas por radares, com aplicações de autuações lógicas. Ou seja, passou no semáforo vermelho, ou pisou demais no acelerador, levou a multa, como manda a lei.