Colaboração de Leticia Alcantara
Escolher uma casa nunca é uma tarefa fácil para quem está pensando em se mudar; dentre tantos pré-requisitos que atendam tanto ao gosto do investidor e suas possibilidades, um em especial se destaca: a localização e a mobilidade urbana.
Morar longe do local de trabalho é uma realidade para muitos brasileiros, principalmente por questões de custo de compra ou locação; logo, escolher um imóvel novo ou usado que, mesmo fora do aglomerado das metrópoles, disponibilize acessos para os centros comerciais, é um diferencial que facilita na hora da escolha, assim como a presença de estações de metrô ou trem tem capacidade de valorizar uma região e um imóvel.
“Acesso ao metrô valoriza sempre. A maior parte das pessoas acha ótimo ter uma estação de metrô perto de casa ou um shopping”, afirma em nota a Secovi-SP (Sindicato da Habitação na Internet).
A implantação de uma malha metroviária em algumas regiões da cidade de São Paulo já foi alvo de preocupação de muitos moradores conservadores que acharam que, com a chegada do metrô, poderiam aumentar os casos de assalto, moradores de rua etc. Entretanto, estudos mostram um dado reverso; que através da chegada destes recursos, a região tende a ser cada vez mais valorizada e ter sua infraestrutura melhorada periodicamente.
Em contrapartida, se a intenção é morar em um local sossegado, longe da agitação dos grandes pólos, o ideal é levar em conta as diversas variáveis que podem ser atenuantes como o trânsito, tempo para chegar ao local de trabalho, infraestrutura, vizinhança e a oferta de produtos e serviços na região, visando tornar a sua vida mais prática e mais cômoda, mesmo longe do trabalho, refletindo também nos gastos;
“A crescente demanda por novos imóveis com tais diferenciais está diretamente ligada à busca por praticidade. Isso porque, cada vez mais, os moradores tendem a basear suas escolhas nas facilidades adquiridas para favorecer uma rotina acelerada” afirma o portal http://www.agenteimovel.com.br/
No entanto, no ponto de vista do custo do transporte, as metrópoles acabam por arcar com prejuízos nestes deslocamentos demasiados. Este cenário acaba por resultar em uma perda anual de R$ 156,2 bilhões do PIB com a morosidade do trânsito, só na cidade de São Paulo, de acordo com a pesquisa “Mobilidade, acessibilidade e produtividade: nota sobre a valoração econômica do tempo de viagem na Região Metropolitana de São Paulo”, do economista Eduardo Haddad, professor titular do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).