No terceiro capítulo do especial “Via Trolebus no Chile” vamos falar sobre ciclovias e ciclistas na região metropolitana de Santiago. Assim como São Paulo, a capital Chilena de uns anos para cá viu crescer o número de pessoas que se deslocam por bicicleta, após a implantação de uma malha, ainda que a rede esteja incompleta.
Impressões
Em qualquer hora do dia e em qualquer rua que estiver em Santiago, sempre verá um ciclista. A cidade conta com uma malha de ciclovias, sendo elas segregadas, junto ao leito carroçável, as chamadas ciclofaixas, e até as instaladas na calçada, tornando o espaço compartilhado entre ciclistas e pedestres.
Rede
O projeto teve início em 2007, junto com o Transantiago, e expansão da rede metroviária, onde bicicleta, ônibus e metrô formam um plano de mobilidade, colocando Santiago no radar das cidades que investiram nas ciclovias. São cerca de 400 km de vias para ciclistas em toda grande Santiago, cuja população do aglomerado urbano é de um pouco mais de 7 milhões (levantamento de 2009).
As autoridades locais tem planos para no ano de 2022, a região alcançar 800 km, sendo 500 dentro da capital e 140 em áreas rurais da região.
Demanda
De acordo com a consultoria UyT, no período entre 2005 e 2012, o crescimento anual de pessoas que usam a bike como meio de deslocamento foi em torno de 18,2%, o que nos leva a crer que em pouco mais de 5 anos a demanda duplicou.
Relação Ciclista VS Motorista
Sites especializados não convergem na opinião entre a relação entre o ciclista e o motorista do automóvel. O site de aluguel de bicicletas “la bicicleta verde“, diz que a capital chilena foi eleita a cidade mais amigável para pedalar em toda América latina, e a sexta em todo mundo.
Por outro lado, o site Veoverde diz que existe uma total falta de respeito dos motoristas e até mesmo pedestres, e que alem da ampliação no número de ciclovias, os governos locais devem investir em educação. O trânsito de Santiago é intenso, e os motoristas de carro e de ônibus gostam de pisar no acelerador.