Imagem de William Molina
Em cinco anos de operação, a Linha 10-Turquesa da CPTM registrou um alta de 10,24% no número dos usuários em sua média diária. Um levantamento da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos aponta que a quantidade de embarques feitos em dias úteis saltou de 330,1 mil em 2010 para 363,9 mil neste ano. As informações foram reveladas pelo jornal Diario do Grande ABC.
Alguns fatos contribuíram para este aumento, como a redução do intervalo entre as composições, graças ao aumento na quantidade de trens, a mudança do ponto final da Luz para o Brás, além da integração com o Metrô na Estação Tamanduateí, e as facilidades de integração com o Bilhete Bom.
No entanto, o texto publicado afirma que o aumento poderia ser maior. “Se levado em consideração o crescimento de 15,49% da população da região no período, que representa 55% dos usuários da linha, é possível afirmar que o aumento foi inexistente”, diz a reportagem.
“A CPTM continua crescendo, mas de forma tímida. O que podemos concluir desse levantamento é que, apesar da superlotação, falta de investimentos em acessibilidade e renovação da frota, entre outros fatores, o morador da região ainda é muito dependente do sistema. Em um momento em que o trânsito está cada vez pior, usar o trem lotado é a melhor saída.”, diz a especialista em Mobilidade Urbana e professora da UFABC (Universidade Federal do ABC) Silvana Zioni.
“Imagina se as estações tiverem acessibilidade e menores intervalos entre cada trem. O sistema, com certeza, seria impulsionado. Já vimos isso quando foi inaugurada (em setembro de 2010) a Estação Tamanduateí e usuários da região ganharam mais praticidade para chegar à Capital”, relatou a especialista.
A CPTM tem planos de renovação da frota, com a compra de 65 novos trens, onde os primeiros já chagaram a companhia. Existe também o projeto da troca da sinalização nas seis linhas, onde a Linha 10 deve receber o sistema CBTC. Mas, este projeto coleciona atrasos e postergação de prazos.
Por último, esta em curso o projeto de reconstrução de estações da ligação entre Brás e Rio Grande da Serra. Porém, atrasos em repasses do governo federal emperram o andamento do processo.