O Ministério Público sofreu nova derrota em recurso para a paralização da implantação da rede cicloviária na cidade de São Paulo. A decisão foi tomada nesta última terça-feira (29) pela 1º Câmara de Público. O recurso do MP era contra uma decisão de Julho que deu respaldo a implantação de ciclovias do prefeito Fernando Haddad.
Em sua decisão, o desembargador Marcos Pimentel Tamassia diz que “não há como se entender como leviana ou ilegal a opção do governo municipal pela implantação dos 400 km de ciclovias”.
Em relação as possíveis falhas de execução, supervalorizadas por aqueles que não concordam com o projeto, ou que limitam a discussão pela ótica partidária, o desembargador afirma que “desacertos que, detectados, devem sofrer ajustes”, mas que não compromete o plano.
Acidentes
O novo coro dos contrários às ciclovias apontava a questão de seguranças dos que pedalam (os mesmos que afirmavam que antes não existiam ciclistas). Alguns colunistas chegaram a atribuir as ciclovias como “ciclo-mortes”, após acidentes que mataram um idoso, um homem e uma criança.
Porém, em sua decisão, Tamassia atribui que “o acidente (com o idoso) pode ter servido para se chamar à reflexão a necessidade de se dar efetiva atenção á convivência entre automóveis, ciclistas e pedestres nos espaços compartilhados. Mas isso não implica que deva haver paralisação ou retrocesso do projeto que se apresenta como uma alternativa a uma melhor mobilidade urbana, que esta no limite do caos na cidade de São Paulo”.
Em junto o desembargador já havia dado decisão favorável as ciclovias, contestado que o projeto estava sendo feito sem estudo.