Nos tempos áureos da ferrovia, o Brasil foi cortado por trilhos por onde passavam trens que levavam passageiros entre cidades e até estados. Com a política rodoviarista que aniquilou nossas ferrovias, muitos espaços foram abandonados.
O Reino Unido usou em destes espaços para construir um corredor de ônibus do tipo BRT (Bus Rapid Transit), com um aspecto diferente dos demais: os ônibus possuem sistema de guiagem.
A estrutura liga Cambridge, Huntingdon e St Ives sendo o corredor deste tipo mais longo do mundo, com cerca de 25 km. O BRT em seu tramo norte usa uma antiga estrada de ferro, inclusive cortando antigas estações de Oakington, Long Stanton e Histon. O trecho sul, que utiliza parte da antiga linha do time do colégio de Oxford, liga Estação de Cambridge, Hospital de Addenbrooke e do parque e passeio de Trumpington.
Os ônibus operados pela empresa Stagecoach possuem condutores, porém os colaboradores não precisem segurar o volante nos trechos com seções guiadas.
O projeto foi idealizado em 2001 e teve suas obras inicidas em 2007, sendo entregue a população no ano de 2011, após uma sucessão de atrasos e elevação de custos. Isto parece familiar, não? Estimado foi estimado inicialmente em 64 milhões de euros. Mas o BRT ficou em 181 milhões.
Rodovia para ônibus?
Se para alguns a segregação de faixas para ônibus parece algo exagerado ou até “bolivariano”, a malha do BRT de Cambridge inclui até uma estrada exclusiva para os coletivos.
As paradas são dotadas de informações em tempo real dos coletivos, e o governo local estuda maneira de integrar melhor os pontos com a malha cicloviária. No primeiro ano de operação, o BRT transportou 2.500.000 de passageiros.
Os ônibus podem atingir até 90 km/h, e em vias urbanas a velocidade é reduzida para 50 km/h. Para acessar os veículos, os passageiros devem adquirir seus bilhetes antes do embarque a partir de uma das máquinas que emitem bilhetes.