Uma rede metroviária de dar inveja para qualquer cidade. Pequim possuí 450 km de trilhos que servem a 17 linhas, onde nos últimos 10 anos a capital da China triplicou a abrangência do serviço.
E vem novas linhas por ai. Neste semana o governo local anunciou cinco projetos de expansão, incluindo três novas linhas: A linha leste-oeste 3 com 22 km com 14 estações, a 12 com 18 estações intermediárias, uma linha expressa denominada 17 com trens que operam nas até 100 km/h, entre outras.
O Jornal “Valor Econômico” traz uma entrevista com Chao Zhiu, engenheiro do Centro de Pesquisa de Transporte Urbano Sustentável (CUSTReC) de Pequim, que conta que é preciso aumentar a capacidade de transporte.
“É preciso apostar na integração dos sistema e na qualidade do serviços de transporte público”, disse Zhiu, um dos participantes do painel “Melhores práticas em desenvolvimento urbano sustentável: o intercâmbio de experiências da China, Brasil e Índia”, no Congresso Cidades & Transportes.
O Governo Chinês investiu 6 trilhões de yuans (cerca de US$ 940 bilhões) para triplicar a rede metroviária, a construção de 2 mil km de ruas e a duplicação de 500 km para quase mil quilômetros de rodovias. Em outra localidade, a Chengdu no sudoeste da China, o metrô chegou em 2010, tem apenas duas linhas com mais de 66 km,. Mas deve chegar aos 300 km com a expansão do sistema até 2020.
Os números impressionam principalmente nós, pobres paulistanos que amargamos em uma rede metroviária com 75 km, somado aos 130 km de serviços de trens metropolitanos da CPTM que cortam a capital paulista. Contudo, o governo Chines leva vantagem na implantação dos projetos. Não há relatório ambiental, desapropriação ou problemas trabalhistas que possam atrasar as obras. Na década passada o governo sofreu criticas e até protestos por conta do “método” em instalar linhas a todo custo.
