Levantamento do Jornal “Folha de São Paulo” aponta que de cada quatro obras que estão previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), três, ou não começaram ou estão paradas ou atrasadas. A informação foi dada após a divulgação de um relatório do Tribunal de Contas da união (TCU), a pedido da deputada Federal Clarissa Garotinho (PR-RJ)
Existem 378 obras previstas, porém 69% delas ainda não foram iniciadas. Das que tiveram início das construções, 48% ou estão paradas.
Dos empreendimentos, parte deles tiveram atrasos em liberação de recursos, como o caso de corredores de ônibus da capital paulista e linhas metroferroviárias da Região Metropolitana de São Paulo. Existem casos também que ou o Estados ou municípios não apresentaram documentação o suficientes para ter acesso as verbas. Em 2012, mais da metade dos projetos de cidades consideradas de médio porte, não tinham sequer projeto básico.
“Muitas vezes não há uma sensibilidade [do prefeito] ao ler o escopo do programa. Acaba-se escrevendo uma carta consulta cheia de rapapés, cheia de histórias. Chegam para nós muitas cartas que fogem ao objetivo do programa, onde o transporte público não é a questão estruturante”, afirmou a gerente de projetos e coordenadora da equipe do PAC Mobilidade Médias Cidades, Lúcia Maria Mendonça Santos, na época.
O Ministério das cidades disse em nota que a liberação dos recursos está ligados “à execusão das obras, que estão sob a responsabilidade dos governos locais”. O Ministério diz ainda que trabalha em parceria com Estados e municipios para agilizar as propostas.