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Vagão híbrido promete evitar baldeações, trafegando por trilhos de trem e metrô

Em uma extensa rede metroferroviária as baldeações são inevitáveis. Por exemplo, quem embarca no ABCD da Grande São Paulo e precisa ir  para a região da Berrini e preferir utilizar o transporte sobre trilhos, deverá usar a Linha 10 – Turquesa da CPTM, baldear para a Linha 2 – Verde do Metrô na Estação Tamanduateí e na Estação Consolação, baldear novamente para a Linha 4 – Amarela e por último, já na Estação Pinheiros baldear para a Linha 9 – Esmeralda para só então chegar ao seu destino, ufa!

Mas um novo tipo de trem promete acabar com esse troca-troca de linhas e deverá ser incorporado ao sistema Inglês, com um diferencial: a composição poderá andar tanto nos trilhos do metrô quanto nos trilhos dos trens londrinos. A novidade surgiu na cidade Sheffield, próxima de Londres.

O vagão “trem-metrô” deve percorrer uma distância de 13 km de Sheffield até Rotherham Parkgate, mas dependendo de seu desempenho, a ideia pode ser ampliada para todo o país. Como os trilhos dos metrôs de superfície estão embutidos no chão, ao passo que os dos trens se sobressaem, um trem-metrô de superfície deve ter rodas que permitam mudar de trilho facilmente.

A medida servirá para os passageiros possam evitar as baldeações e a viagem se tornará mais cômoda e rápida. Entretanto o sistema não é o pioneiro. Um modal similar foi implantado em Karlsruhe, Alemanha, em 1992, e ficou conhecido como “Modelo Karlsruhe”.

Voltando à nossa realidade, por uma questão técnica por aqui não seria possível estes “vagões híbridos”, a não ser que o equipamento fosse projetado para trafegar sobre as larguras diferentes dos trilhos, sendo que as Linhas 4 – Amarela e 5 – Lilás do metrô possuem bitola chamada de padrão ou internacional de 1.435 mm de largura e as demais de 1,60 m. Outro fator é o baixo intervalo de alguns ramais, como da Linha 3 – Vermelha, dificultando a interferência de outras linhas.

Outra questão é a alimentação elétrica dos trens, onde Metrô é alimentando pelo terceiro trilho, com exceção das Linhas 4 e 5 e dos ramais da CPTM, que são alimentadas por rede aérea.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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