O Secretário de Municipal de Transportes, Jimar Tatto aceitou o convite do Movimento Passe Livre (MPL) e participou do evento ocorrido nesta quinta (20) que falou do corte de linhas de ônibus.
Não era protesto, como muitos acharam, e sim um debate sobre o assunto, promovido pelo MPL.
Na ocasião, o titular da pasta afirmou que deve prorrogar o contrato com as empresas de ônibus: “Provavelmente, nós vamos ter que prorrogar por mais seis meses ou um ano, até terminar essa auditoria. Quem venceu a auditoria foi a empresa internacional Ernst & Young. O processo será homologado neste sábado e a empresa, contratada semana que vem”, afirmou Tatto.
A antiga concessão terminou em junho do ano passado, então a prefeitura decidiu adiar a nova licitação, para instituir uma auditoria sobre a tal “caixa preta” do transporte paulistano.
Corte de linhas
Sobre o tema principal do debate que é o corte de linhas promovido pela SPTrans, segundo estudante de história Caio Martins, de 19 anos, do MPL, o empresário lucra com tais mudanças: “A nossa intenção é denunciar que esses cortes estão sendo feitos para aumentar o lucro das empresas”, disse Martins, já que os empresários de ônibus ganham conforme o número de passageiros transportados. “Os cortes de linha atrapalham a nossa vida, porque a gente passa a ter que pegar dois, três ônibus, quando antes pegava um só”, afirmou. “Está tendo a renovação das licitações dos contratos de concessão e se tem uma coisa mínima a ser feita é mudar a forma de remuneração por custo, por quilômetro rodado, por exemplo”, declarou o estudante.
O secretário prometeu não fazer novas alterações sem falar com a população e recebeu o “troféu catraca” dos integrantes do movimento. Eles disseram que o “prêmio” é pelos “serviços prestados aos empresários de ônibus”.
“Não acho que eles estejam no bolso dos empresários, mas eles estão errados do ponto de vista do conceito. Esse debate eu faço com eles a hora que eles quiserem, não tem problema. A resistência maior é dos operadores, que são os empresários e as cooperativas, porque não querem perder aquilo, e muitas vezes não estão preocupados se o ônibus está cheio”, disse Tatto.