Logo pela manhã desta terça-feira (25), a caminho do meu trabalho, o trem que estava embarcado (D35), ao adentrar a plataforma da estação Sé, desligou repentinamente e parou no meio do plataforma. Logo em seguida, muitos funcionários do Metrô começaram a correr de um lado para o outro, e depois vem a noticia que o motivo da paralisação era um usuário na via, que estava na outra plataforma, destino Corinthians-Itaquera.
Durante cerca de 15 minutos, ficamos presos em um trem superlotado, quente e não demorou muito para que as pessoas começassem a passar mal. A solução veio rápido, e de 10 a 15 minutos, a composição alinhou corretamente na plataforma, liberando quem estava “detido”. No entanto, naquelas condições, qualquer minuto era valioso, e vemos como nestes casos qualquer falha por menor que seja, pode levar ao colapso a linha mais lotada no sistema. Não senhor Governador, não houve nem vandalismo nem plano orquestrado. Os mais exaltados que começaram a esmurrar as portas estavam aflitos.
Já os passageiros da CPTM não tiveram a mesma sorte. Usuários de uma composição da linha 11-Coral, ficaram presos dentro do trem entre as estações Tatuapé e Itaquera por cerca de uma hora, sentido zona leste, na noite de segunda-feira (24).
Os usuários da CPTM afirmam que o trem parou por volta das 20h30. Tratava-se de uma pane no sistema de energia. Segundo o portal R7, muitas pessoas passaram mal, com falta de ar, já que o sistema de ar condicionado foi desligado e o vagão estava lotado. Dois botões que provocam o destravamento das portas quebraram ao serem acionados pelos passageiros.
A medida em que cresce o número de usuários do sistema metroferroviário, qualquer falha pode desencadear o caos. O ex-presidente do Metrô, Sergio Avelleda, já havia afirmado que atual sistema apresenta uma hipersensibilidade às falhas. Talvez isso explique a sensação do crescente número de paralisações.
Visto este episódio por mim presenciado hoje, pergunto se o Metrô e CPTM se adequaram a este novo cenário?