O Metrô de São Paulo decidiu suspender por 90 dias os contratos de reforma de 98 trens, que são alvo de investigação do Ministério Público: “Embora não tenha constatado indícios de irregularidades nestes contratos, o Metrô reiterou à promotoria com esta parceria sua disposição em colaborar com as investigações e exigir o ressarcimento de eventuais prejuízos aos cofres públicos”, diz a empresa.
Em dezembro passado, a promotoria solicitou a suspensão imediata de dez contratos de reforma de 98 composições, das frotas A, C e D, que após o processo passam a ser as frotas I, J, K e L, que totalizam R$ 2,5 bilhões. De acordo com o MP, os contratos têm indícios de que houve irregularidade nas licitações para a escolha das empresas que realizariam o serviço. A promotoria afirma que sempre uma única empresa se candidatava a ganhar a licitação. Também há indícios de que houve o fracionamento, em dez contratos, da contratação do serviço na tentativa de esconder o valor total do contrato.
Na ocasião, o Ministério Público apontou que três trens reformados entregues ao Metrô, e já em funcionamento, foram pivôs em acidentes nos últimos anos: em 1º de dezembro de 2012 (quando o trem I12 andou sozinho na Estação Jabaquara e colidiu com a composição A33); em 5 de agosto de 2013 (uma composição descarrilou na Linha 3 – Vermelha devido a um problema em uma peça); e em 16 de maio de 2013, (quando ocorreu, na Linha 3 – Vermelha, a colisão entre dois trens).