Apesar do Secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto ter afirmado que prorrogaria o prazo para retirada dos taxistas nos corredores exclusivos de ônibus, a promotoria mantem sua decisão da saída dos táxis para 2 de fevereiro e que só haverá prorrogação se a Prefeitura apresentar argumentos técnicos comprovando a necessidade de esses veículos permanecerem nas vias exclusivas dos coletivos.
A decisão da promotoria foi baseada em um estudo feito pela CET a pedido do MPE sobre o quão atrapalha este tipo de veículos em faixas exclusivas de ônibus. Sem os táxis, a velocidade dos coletivos poderá aumentar, em média, 25% nos corredores, chegando a até 36 km/h.
Sobre pressão e hostilização por parte táxis e sindicalistas durante a quinta reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT), organizada pela Secretaria Municipal dos Transportes, o promotor de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes disse que não aceitará razões políticas para adiar a data em que deve começar a vigorar a proibição aos táxis. “Na medida em que surjam argumentos técnicos nós podemos estudar a prorrogação desse prazo. Desde que os argumentos sejam obviamente e exclusivamente técnicos. Não será por injunções políticas que o Ministério Público abrirá mão do dia 2 de fevereiro. Portanto, no Dia de Iemanjá, o MP espera que os táxis estejam definitivamente fora dos corredores de ônibus.”
Em resposta, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxis no Estado de São Paulo (Simtetaxis), Raimundo Ceará afirmou que a culpa do trânsito ruim na capital é do “poder público, que deu muito incentivo para comprar automóvel”.