Pelo menos 22 linhas de ônibus das zonas sul e oeste da capital paulista circulam com restrição ou tiveram as viagens suspensas devido aos recentes ataques a coletivos. De acordo com dados da SPTrans, 28 ônibus foram incendiados desde o início do ano.
A gerenciadora do transporte paulistano confirmou que dez linhas de ônibus da empresa Transppass, que atendem os jardins João 23 e Educandário, não estão circulando à noite no interior dos bairros desde o dia 25. Os coletivos, que transportam cerca de 80 mil pessoas, estão retornando seis pontos antes da parada final. Somados aos incêndios a coletivos, motoristas e cobradores afirmam que sofrem ameaças. Com isso, os motoristas estão desembarcando os passageiros na rodovia Raposo Tavares, entre o km 15 e o km 18.
Já na Zona Sul, quatro linhas operadas pela concessionária VIP e oito linhas da permissionária Cooper Pam tiveram suas frotas recolhidas às garagens, no final da tarde, por determinação das empresas na região do Jardim Ângela. As 12 linhas transportam, diariamente, 120 mil pessoas.
A SPTrans afirmou que acionou o Paese com 20 coletivos para atender as linhas que foram recolhidas pela empresa durante a tarde. O órgão afirma também que solicitou formalmente apoio às autoridades policiais com o objetivo de garantir a segurança e o direito ao transporte público.
A assessoria da SPUrbanuss (sindicato das empresas de ônibus) afirmou que a decisão de não circular por essas regiões não foi das empresas, mas sim dos funcionários que estão com medo dos recentes ataques a coletivos.
Com as informações de Folha de São Paulo