O novo plano diretor da cidade de São Paulo está em pauta na câmara, e prevê uma mudança na mobilidade urbana na maior cidade de país. Tudo por que novas edificações nos eixos que têm ou terão equipamentos de transporte público, como os corredores de ônibus. Na prática, o novo projeto quer limitar o transporte individual, que representa 44% das viagens dos paulistanos, segundo noticiou o jornal “Folha de São Paulo”.
Enquanto isso, a cidade atingiu no último dia 14 o recorde de 309 km de congestionamentos, o que mostra uma urgência na adoção de políticas de incentivo ao transporte público, e aumento na infraestrutura, como novos corredores e novas ligações do sistema metroferroviário.
O mesmo jornal conta que os no caso dos eixos viários, o Plano Diretor prevê que o coeficiente de aproveitamento dos terrenos (limite de construção sem ter que pagar extras) seja dobrado. Ou seja, se o corredor passar por uma região de coeficiente 2 (que permitiria construir tamanho equivalente a duas vezes a área do terreno), o entorno da via terá índice 4.
A publicação diz ainda que para evitar o problema recorrente dos projetos que não saem do papel, o dispositivo só será acionado quando houver garantia de que a obra do corredor irá começar. Dessa forma, essas áreas se tornarão as mais atrativas para o mercado imobiliário.
A gestão Haddad quer entregar 150 km de corredores de ônibus até 2016, mas o plano também considera outros 300 km planejados até 2024. O consumidor interessado em morar nos prédios lançados nessas áreas, porém, terá que se acostumar à vida sem uso frequente de carro.
Isso porque o plano permite apenas uma vaga de garagem por apartamento. Caso queira construir mais vagas, o empreendedor terá que pagar pelo excedente, o que poderá encarecer o imóvel.
Com as informações de “Folha de SP”