Mobilidade Urbana

Por falta de projetos, governo federal recua na promessa dos R$ 50 bi para Mobilidade

Nesta quinta-feira (17) ao apresentar um balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os dois ministros responsáveis por receber projetos dos Estados e municípios para obras de mobilidade urbana, onde seriam custeados com os R$ 50 Bilhões prometidos pela presidente Dilma Roussef (PT), reconheceram que não há uma previsão certa de como e quando esses investimentos serão feitos. Segundo Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades) faltam projetos de engenharia e estudos de viabilidade econômica em quantidade suficiente para usar os recursos anunciados. Os ministros também lembraram o fato de que os próprios governos estaduais e municipais têm alegado dificuldades para executar várias obras simultaneamente. Os R$ 50 bilhões da Dilma era prometido até o fim de seu mandando, em 2014.

“Não podemos achar que, em um piscar de olhos, essas obras ficarão prontas”, disse Miriam. Ribeiro afrimou que não havia mais grandes investimentos em mobilidade no país e, no momento de retomá-los, perceberam a carência de projetos na prateleira. “Daí porque não temos como fazer uma previsão (de liberar recursos)”, resumiu o ministro. Ele diz, porém, que sua pasta tem conversado “diariamente” com prefeitos e governadores para tirar o atraso.

Miriam informou que o governo federal recebeu demandas de R$ 84,4 bilhões até agora, mas ressaltou: “Parte considerável não possui projetos”. Ela listou critérios do governo para priorizar os pedidos levados a Brasília por Estados e municípios. Empreendimentos de alta e média capacidade (como metrô e BRT), que atendam áreas com população de baixa renda e tenham integração com outros modais saem na frente.

Obras selecionadas

De acordo com a ministra, foi possível selecionar 23 obras até agora, que se transformaram em anúncios de R$ 13,4 bilhões. Tratam-se de corredores de ônibus no município de São Paulo, o monotrilho do ABC Paulista, o sistema de veículos leves sobre trilhos (VLT) da zona portuária do Rio de Janeiro e linhas de metrô em Salvador e Porto Alegre – parte das obras não têm sequer editais de licitação publicados e o anúncio é apenas um compromisso futuro de liberar verbas.

Com as informações de Valor Econômico

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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