As novas faixas exclusivas de ônibus que foram implantadas em São Paulo deram alívio para os passageiros, mas conforme foi amplamente noticiado, a sensação de lata de sardinha ainda perdura.
Segundo números divulgados pela própria SPTrans, empresa que faz o gerenciamento dos coletivos na capital paulista, no mês de março a frota da cidade era de 14 mil 979 veículos, que transportaram 250 milhões 615 mil 318 passageiros. Em agosto esta passou para 15 mil e 68 ônibus, entretanto a quantidade de passageiros saltou para 260 milhões 806 mil 248 pessoas.
Com base neste dado, o número de passageiros comparando os meses de março e agosto subiu 4,06%. Já a quantidade de ônibus cresceu apenas 0,59%, ou seja, a quantidade de passageiros cresceu 6,88% a mais em relação ao crescimento da frota.
Se tratando de números absolutos, comparando os meses de março e agosto, o número de passageiros subiu 10 milhões 190 mil 930 pessoas. Já a frota teve acréscimo de somente 89 veículos. Ou seja, cada veículo carregou 114 mil 504 passageiros a mais.
Mas, nem sempre a inserção de mais veículos é de fato a solução para a problemática da lotação. É preciso uma maior racionalidade nas linhas. Só com estas medidas, aliadas a priorização do transporte coletivo, será possível torna-lo convidativo para o motorista de carro se deslocar de ônibus.
