Os empresários de ônibus lucraram mais que a inflação acumulada nos últimos 5 anos, através de repasses da prefeitura. Segundo reportagem do Estadão, que teve acesso aos contratos feitos pela Secretaria Municipal dos Transportes, em média, a remuneração por passageiro transportado subiu 58%, enquanto a inflação variou 16,7% e a tarifa, 30,4%.
Entre os maiores beneficiados, estão os empresários que possuem empresas do sistema estrutural. A reportagem menciona o que sete dos oito contratos, os repasses foram superiores à inflação. Exemplo do Consórcio Plus, da zona leste, onde o aumento foi de 45,2%. Em março de 2008, a Prefeitura pagava ao consórcio R$ 1,8312 por usuário transportado. Em maio de 2012, o valor foi para R$ 2,6605.
Mas, não é este empresa do grupos ruas a campeã nos repasses. Em setembro, a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) elevou para R$ 2,6790 a remuneração unitária do Consórcio Leste 4, investigado por dois anos pelo Ministério Público Estadual por irregularidades como superlotação, partidas não realizadas e presença de ratos e baratas no interior de coletivos.
Já no sistema local de ônibus, que são as cooperativas, o aumento foi bem menor. Em seis dos oito contratos, a remuneração paga pela Prefeitura por usuário ficou abaixo da inflação, entre 2008 e 2011.
Se os ganhos são acima da inflação, o serviço deixa muito a desejar. A começar da própria gerenciadora do transportes, a SPTrans que possuí um péssimo serviço de atendimento ao usuários, passando por estes operadores com ônibus sujos, e linhas que são não fazem uma percurso racional. Quanto maior o número de usuários carregados, melhor, ainda que o trajeto faça muitas voltas. Entra prefeito, sai prefeito a situação não muda. Se tem algumas melhoras pontuais, como a renovação da frota, e a criação do bilhete único, que sem dúvida foram conquistas deixadas por algumas administração. Mas, a cidade ainda é pensada para o motorista do carro.
A hora é agora, para nosso prefeito rever a licitação de ônibus, que inclusive foi cancelada por este motivo, e faze-la pensando mais no usuário e não no empresário.