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Trem-bala tem projeto alterado por pressão dos últimos protesto

TAVAnunciado desde 2007, o TAV (Trem de Alta Velocidade do Brasil) que ligará a cidade de Campinas ao Rio de Janeiro, passando pela capital paulista, teve pouco avanço em relação a andamento de obras, mas ainda continua como promessa do governo federal. Mesmo com críticas ao projeto, assim como a que o ex-prefeito de São Paulo fez essa semana, quando pediu à presidente Dilma Rousseff que utilizasse o dinheiro que será gasto nas obras do trem-bala para a construção de metrô em São Paulo e outras capitais brasileiras, o governo tem se mostrado disposto a investir na construção do sistema, e divulgou hoje mais uma alteração em seu projeto.

A obra não será mais da iniciativa privada, alterando-a assim para uma obra pública, o que não vale apenas para a sua construção, mas também para a administração do sistema. Com isso, o dinheiro arrecadado como pagamento das passagens de quem viajar no trem-bala deverá ajudar a pagar os valores da obra do governo federal, que, de acordo com estimativas do próprio governo, devem somar em torno de R$35 milhões, valor que é questionado por partes contrárias à construção do TAV, acreditando que a obra será muito mais cara.

Tal alteração se deu por diversos motivos, entre eles o de que facilitará a operação do trem bala, além de que conseguirá, como obra pública, construir o sistema a preços mais baixos. Ainda, outros benefícios são previstos, como a arrecadação de mais dinheiro pela exploração do serviço pelo governo, além de não depender de apenas uma empresa, o que traria o risco de atrasos nas obras.

Em respostas aos argumentos da oposição de que o trem-bala será construído com dinheiro que seria investido em transporte público urbano, o governo diz que sua meta é usar zero do Orçamento para pagar pela obra. O trem-bala, inicialmente projetado para estar pronto para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, ainda não tem previsão de início de obras e provavelmente não estará pronto para nenhum dos dois eventos.

Sobre o autor do post

Matheus de Faria

Via Trolebus