Depois de protestos feitos na semana passada, o MPL-SP (Movimento Passe Livre – São Paulo), divulgou uma nota pública neste domingo (9) em que critica declarações do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e convoca uma nova manifestação para a terça-feira (11).
No texto, o movimento diz que a desoneração dos impostos sobre os combustíveis –medida defendida por Haddad como alternativa para baixar a tarifa de ônibus– é uma bandeira dos empresários do ramo: “desonerar impostos, aumentar subsídios e ainda aumentar a tarifa”.
O prefeito afirmou em entrevista que buscaria recursos do governo federal para municipalizar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), imposto federal que incide sobre os combustíveis. Haddad defende ainda que seriam necessários R$ 6 bilhões para a implantação da tarifa zero no sistema de ônibus da capital, uma das reivindicações do MPL, e que não haveria como obter esses recursos, em detrimento de investimentos em outras áreas.
Mas o MPL rebate dizendo que a previsão orçamentária da cidade passou de R$37 bilhões em 2012 para R$43 bilhões em 2013 – “os 6 bi necessários para a tarifa zero”.
Foram criticados também o bilhete único mensal, projeto de Haddad que, segundo MPL, só beneficiaria 10% dos usuários, segundo o movimento, e sobrou também para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: “O governador Geraldo Alckmin parece não ter entendido (ou finge que não entendeu) que as mobilizações não são apenas contra o aumento das tarifas de ônibus: os aumentos do metrô, CPTM e dos intermunicipais são igualmente injustos”, diz o texto.
Nesta terça-feira esta marcado um novo ato na av. Paulista, com concentração na praça do Ciclista, às 17h da terça-feira. O Movimento promete ocupar “ruas dos bairros ao longo de toda semana”.