De acordo com publicação do jornal “Diário do Grande ABC” duas extensões de linhas de monotrilhos defendidas pelo governo do estado podem não sair do papel. A afirmação é do Ex-presidente do Metrô e atual secretário-adjunto de Transportes Metropolitanos do Estado, Peter Walker.
A primeira, a Linha 18-Bronze para o bairro Alvarenga, em São Bernardo, tem possibilidade de não ser executada. O problema é que já existe a concessão da Metra no corredor de trólebus, e isto esbarra justamente no trecho entre o Terminal São Bernardo e Ferrazópolis. Peter diz que o sistema de trólebus da Metra tem boa aceitação popular e considerável IPK (Índice de Passageiros por Quilômetro, utilizado para medir a qualidade do transporte), além de estar em vigência até 2017. Se o contrato fosse quebrado haveria pagamento de indenização à concessionária. “Chegamos à conclusão que fazer a PPP (Parceria Público-Privada, modelo adotado para o monotrilho do Grande ABC) até o bairro Alvarenga é um risco muito grande.”
Por isso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), em visita à região no fim de maio, anunciou que o destino final da primeira etapa do sistema será a estação Djalma Dutra, na Avenida Prestes Maia, no Centro.
A outra problemática está na ligação da Linha 17-Ouro com Diadema. O ex-presidente do Metrô foi categórico na entrevista ao comentar da chance da cidade ter elo direto com o metrô. “Não podemos jogar dinheiro fora sobrepondo um sistema ao outro.” A questão foi levantada pela deputada estadual Regina Gonçalves (PV) (relembre aqui)
Walker se referiu ao corredor Diadema-Brooklin, que interliga por trólebus e ônibus convencionais o município à rede de metrô pela Estação Jabaquara. Para baldeação, no entanto, é cobrada tarifa cheia de passagem. O corredor também é operado pela Metra, e esbararia no mesmo problema.