As obras do Rodoanel Norte começaram no mês de passado mas até agora nada do Ferroanel Norte, que seria construído em parceria para diminuir os custos, visto que ambos estarão lado a lado.
Mas a sincronia entre Governo Federal e Estadual não avança e o que tudo indica as duas obras não deverão ser feitas ao mesmo tempo visto que as obras do Rodoanel já começaram e o Ferroanel nem sequer teve edital lançado.
A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) quer que o Governo Estadual faça uma readequação do projeto do Rodoanel Norte para incluir obras da ferrovia. Em carta enviada à administração paulista, a empresa do governo federal argumenta que se a terraplenagem for feita isoladamente, o custo do projeto ferroviário poderá subir até R$ 1,5 bilhão. Se as obras forem feitas juntas, o valor do Rodoanel terá acréscimo de R$ 300 milhões. O Governo de São Paulo quer que o custo a mais da terraplenagem seja paga pela União.
Segundo a Dersa, estatal responsável pelo obra viária, a resposta já foi enviada a EPL que avalia um aditivo para repassar os valores. Agora o assunto está sendo tratado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Pouco burocrático né?
Uma fonte do Planalto afirma que a negociação esta em fase de análise dos aspectos jurídicos da transação – ou seja, do repasse dos custos adicionais do Rodoanel pela União. Do lado da administração paulista, se a contrapartida for aceita, haverá necessidade de fazer uma revisão dos contratos feitos com os vencedores da licitação de construção do Rodoanel, fechada em fevereiro.
O Ferroanel deverá ter 2 trechos, o Norte e o sul. O Norte é o que deve ter maior movimento e deverá movimentar 40 milhões de toneladas até 2040.
A via exclusiva de trens de carga é essencial para o estado pois, hoje, para se chegar no Porto de Santos, os trens necessitam usar as linhas da CPTM.
Por Caio Lobo