Os trens regionais esta na ordem do dia nas discussões sobre futuros projetos do governo do Estado de São Paulo. Todo mundo quer saber se vão vingar, ou melhor voltar as linhas de trens intercidades, extintas graças ao monopólio da industria automobilística.
Nesta segunda-feira, foi apresentado o tal projeto que prevê 416 quilômetros de linhas de trens regionais divididos em cinco linhas em um raio de pouco mais de 100 quilômetros da capital paulista. O governo que sempre incentivou, até hoje incentiva o uso do transporte individual quer retirar carros das grandes rodovias que chegam à capital paulista, como a Anhanguera, a Bandeirantes, a Dutra, a Ayrton Senna, a Anchieta e a Imigrantes.
Serão 70% dos US$ 9,2 bilhões bancados pela iniciativa privada e 30% pelo governo do Estado. O edital deve ser divulgado de fato até novembro de 2013, mas já se sabe que o modelo de escolha do operador será por menor pagamento anual exigido do Estado ou menor demanda de investimento público para o projeto. Estima-se que 465 mil pessoas devem usar os trens regionais quando o sistema estiver operando. Serão 30 anos de concessão.
As linhas
A todo cinco linhas, todas construídas em Parceria Público Privada (PPP): São Paulo – Sorocaba, São Paulo – ABC, São Paulo – Campinas, São Paulo – São José dos Campos e ABC – Santos. As linhas serão operadas por trens semi-expressos com velocidade máxima de 160 km/h.
As linhas serão implantadas em três fases. A primeira prevê a ligação entre a capital e o ABC, com estações em São Caetano do Sul, Santo André e Mauá, e também entre São Paulo e Jundiaí. Na segunda fase, será construído o ramal do ABC até Santos, o trecho entre Jundiaí e Campinas – com ligação até Americana – e a linha entre a capital e Sorocaba. A última fase prevê a rota entre São Paulo e São José dos Campos, com extensão até Taubaté.
Por Renato Lobo
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