Que nossa rede metroviária é pequena demais para o porte das nossas cidades, isso todo mundo já sabe. Todo mundo literalmente, por que até a revista britânica The Economist destacou em uma reportagem que a rede de metrôs brasileira é “inadequada”.
A revista cita que os países em desenvolvimento passaram “anos sonhando com um sistema de metrô, mas fizeram pouco progresso no sentido de construí-los”. A publicação bem diz dizendo que os “maiores obstáculos” para a construção de metrôs são “burocracias corruptas e lentas” dos governos.
Para a inveja brasileira, a publicação trás um ranking com as cidades que possuem as maiores malhas de Metrô do mundo, liderada por Pequim, na China, com seus 442 km, e foi iniciada em 1969, conscientemente na mesma época em que começaram as obras do metrô paulistano, hoje com seus míseros 75 km.
A matéria conta ainda que os programas governamentais de estímulo à economia que foram estendidos após o início da crise econômica global, em 2008, refletiram num crescimento de 3,2% na construção de novos ramais. Segundo a revista, a expansão deve ser de 2,7% ao ano até 2017. Para a publicação, o crescimento médio do mercado mundial de infraestrutura e equipamentos para essas redes poderia ser entre 6% e 8% ao ano. Sonho, não?
Por Renato Lobo