O prefeito eleito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad ainda não assumiu o posto, mas já faz algumas considerações de como será a política implantada nos transportes públicos, com prioridade ao ônibus. Haddad juntamente com sua equipe quer o aumento da frequência dos coletivos.
Para os dez corredores atuais, está sendo analisado a possibilidade de circular apenas veículos biarticulados. Centros de controle operacional devem ser criados para monitorar cada ramal e tomar providências caso haja problemas. A ideia é aumentar a fluidez para dar aos corredores velocidade média semelhante ao metrô. Para tanto, os especialistas que estão trabalhando com o novo prefeito entendem que o correto é ter apenas uma linha por corredor, mas avaliam também que a complexidade do sistema não permitirá essa medida. O número de linhas vai variar de acordo com o corredor, mas a proposta é diminui-lo ao máximo.
Nova concessão dos consórcios
De acordo com o jornal “Folha de São Paulo”, o modelo da nova concessão ainda está em estudo e deverá ser definido nos primeiros meses da gestão Haddad. A equipe, entretanto, já sabe que a nova gestão terá de dialogar com as empresas e as cooperativas para equacionar o problema considerado o mais agudo: o da frequência dos ônibus. A equipe quer diminuir o tempo de espera pelos coletivos e reduzir a lotação.
“Todo mundo resiste, empresas e cooperativas. Ninguém quer colocar ônibus vazio para rodar, todo mundo quer pôr ônibus cheio, mas cabe ao poder público dosar isso“, disse o deputado federal Carlos Zarattini, ex-secretário de Transportes da gestão Marta Suplicy (2001-2004) e um dos coordenadores da área no programa de governo de Haddad. “O sistema foi privatizado, mas o planejamento e a fiscalização estão nas mãos da Prefeitura.”
Os novos corredores
Fernando Haddad também definirá com seus assessores em quais vias é mais urgente construir os 150 quilômetros de corredores prometidos na campanha. O petista chegou a citar as Avenidas 23 de maio, Celso Garcia, Brasil e Radial Leste.
Por Renato Lobo