Prometida para 2015, a extensão da Linha 5 – Lilás até a Chácara Klabin ganha nova ferramenta para acelerar as obras: O Metrô está utilizando pela primeira vez uma hidrofresa, uma escavadeira que faz perfurações verticais, na velocidade de dois a cinco centímetros por minuto. A ferramenta é de tecnologia alemã que vai ajudar a acelerar o ritmo dos trabalhos e economizar serviços e gastos.
Por hora, a maquina está em uso nas obras da futura Estação Brooklin, mas a previsão é de que seja estendida para toda a Linha 5 em 2013.
De acordo com o engenheiro Arlindo José Giampá, chefe do departamento de obra civil da Linha 5 em entrevista ao jornal “Diário de São Paulo”, afirma que a hidrofresa traz uma nova dinâmica na construção de parede diafragma, ou seja, do muro vertical, também conhecido como parede guia, moldado no solo para evitar o desbarrancamento de terra durante a fundação da obra.
Há cerca de 60 anos, diz o engenheiro, esse tipo de trabalho era totalmente mecânico e só na última década passou a ser hidráulico. Após a escavação, era preciso fazer o bombeamento da terra para impedir a vazão da água, separar e encher o buraco com bentonita (argila umedecida que tapa os espaços vazios, impermeabiliza o solo e impede o fechamento da vala). Em seguida é construída a parede guia por painéis –em média um por dia. Porém, é necessário quebrar parte deles para colocar o tubo de concretagem.
Com isso o Metrô espera que o trabalho caia pela metade. Não é mais preciso destruir o que foi construído e a máquina quebra o solo, bombeia a terra para o reciclador e leva a bentonita. Apenas a parte inicial da abertura da fenda continua sendo feita pelo clamshell.
Outra grande vantagem da hidrofresa é que ela também controla a verticalidade do solo. Por sua tecnologia, a ferramenta é mais cara do que a antiga, mas o custo/benefício compensa o investimento.
Por Renato Lobo, com as informações de “O Diário de São Paulo“