Neste mês o Brasil está sendo sede do Rio+20, conferência da ONU que reunirá líderes do mundo todo para discutir meios de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver. Nessa conferência, milhares de participantes do setor privado, ONGs e outros grupos se reunirão para determinar como é possível reduzir a pobreza, promover a justiça social e a proteção do meio ambiente em um planeta que é cada vez mais habitado.
Ao mesmo tempo da conferência, a maior cidade brasileira ultrapassa uma marca: São Paulo quebrou a barreira dos 7 milhões de veículos emplacados na cidade. Esta frota monstruosa é composta por 5.124.568 carros, 889.164 motos, triciclos e quadriciclos, 718.450 micro-ônibus, caminhonetes e utilitários, 158.190 caminhões e 42.367 ônibus.
O crescimento acelerado da frota paulistana não é de hoje, vem sendo observado desde o início da década passada. Foi iniciado em 2001, com 3,49%. Em 2007, registrou 5,36%, passou a 6,54% em 2008 e, em 2009, bateu o recorde. Naquele ano, cresceu 6,79%. Aproximadamente 406 mil novos veículos receberam as boas vindas de ruas e avenidas de São Paulo em 2009. É como se tivessem saído das revendas mais de 1.100 carros, motos, caminhões, utilitários e ônibus em cada um dos 365 dias do ano.
Só que este número absurdo de congestionamentos tem um custo para todos nós: Calcula-se que o prejuízo em engarrafamentos só na cidade de São Paulo é de 30 bilhões por ano.
Tais ações do Governo para incentivar o uso de tecnologias mais limpas para o transporte são bem vindas, mas é preciso rever o uso do carro em demasia
Por Renato Lobo