Metrô SP

Com colisões de trens, agora se pergunta: E se fosse na Linha 4 que não tem “maquinista”?

O assunto mais comentado nos jornais, em fóruns de discussão e nas redes sociais quando o tema é transporte público, é a colisão de duas composições na Linha 3 – Vermelha do Metrô de São Paulo. O Governo após apurar as causas, chegou a conclusão que foi uma falha na placa de circuito eletrônico da linha. O Operador Rogério Fornaza contou que a composição onde ele estava, a C20, entendeu que deveria acelerar, e o trem recebeu o código 100 (lembrando que as composições podem atingir o máximo de 87 Km/h na Linha 3), causando estranheza do operador já que o outro trem (H56) que havia partido do pátio Itaquera para ir para a sua linha de destino, a 1 – Azul estava parado. Foi então que Rogério em um ato heroico acionou os freios de emergência.

Agora a pergunta que todos fazem: E se fosse na Linha 4 – Amarela, ramal mais novo do sistema, bem conhecido por não ter a presença do operador da Linha? Para esquentar as discussões, está em implantação nas 3 Linhas (1,2 e 3) e futuramente na Linha 5 – Lilás, o CBTC, o mesmo sistema presenta na Linha 4 que permite, além de maiores velocidades, a aproximação dos trens em até 15 metros de distância em do outro. A atual sinalização, a ATO permite que cada composição chegue no máximo a 150 metros uma da outra.

Alguns funcionários, pelo menos nas redes sociais, mostram-se contra implantação do novos sistema, talvez por que a tecnologia permitirá no futuro que todas as linhas operam em driverless, quando não existe fisicamente o operador de trem. Fala também do sindicato dos metroviários: “É uma tragedia anunciada, pois o sistema automático pode falhar e não ha um operador pra contornar a situação” – diz Altino de Melo Prazeres Júnior.

O Metrô explica que no caso da Linha 4 – Amarela, o novo sistema implantando possuí uma maior redundância, e que existem existem dispositivos mais modernos para identificar alguma possível falha.

Por Renato Lobo

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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