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Colisão de trens do Metrô vira discussão política em São Paulo

Com as discussões sobre o acidente que deixou mais de 30 feridos na Linha 3 – Vermelha do Metrô de São Paulo, começam as discussão políticas sobre uma possível queda de investimentos no transporte metroferroviário, que fica a cargo do Governo Estadual. A Comissão de Transportes da bancada do PT na Assembleia Legislativa convocou o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o presidente do Metrô, Peter Walker, para prestar esclarecimentos sobre as causas da colisão desta quarta feira(16). Os petistas também querem questionar a falta de investimentos e o destino de R$ 208 milhões que deveriam ter sido aplicados na manutenção e modernização da rede. Os parlamentares querem saber que medidas a companhia vai tomar para evitar novos acidentes.

O Deputado Alencar Santana, líder da bancada do PT, disse que apesar do número de feridos ter ultrapassado os 40, uma grávida ter perdido o bebê e uma das vítimas ter tido traumatismo craniado, o secretário de transportes Metropolitanos Jurandir Fernandes declarou textualmente que nada foi além de uma “encostada forte” e as vítimas só se machucaram por “estarem distraídas”. “É uma pena que temos dirigentes desse tipo à frente do sistema de transporte do estado. Esperamos que o governo, a partir dessa catástrofe abra os olhos e de forma efetiva garanta os investimentos necessários e volte o metrô no mínimo ao que era antes”, afirmou Santana.

As declarações de Petistas sobre este sucateamento que o Metrô estaria sofrendo causou revolta dos Tucanos. Segundo o Governador Geraldo Alckmin, querem aproveitar um acidente para benefício político “é muita baixeza”. “Não tem um centavo do PT em metrô e trem de São Paulo. Só têm críticas. É uma questão eleitoreira da parte deles (petistas)”, disse. Alckmin diz que 4 linhas estão sendo construídas simultaneamente (2- Verde, 4 – Amarela, 5 – Lilás e 17 – Ouro).

Já Jurandir Fernandes, questionado por uma repórter da rádio CBN, sobre as investigações do MP sobre as falhas do Metrô,  diz que o Ministério Público se baseia em “falas de um partido político que feito uns abutres ficam se aproveitando desta situação“. Fernandes negou queda de investimentos, e disse que o dinheiro que não foi aplicado por conta de ações que impediram a construções de novas linhas, como na extensão da 5 – lilás, que estava com suspeita de fraude e no Monotrilho da Linha 17 – Ouro que atrasou por demora de uma licença ambiental. Sobre as afirmações do presidente do sindicato dos metroviários Ailton de Melo, sobre este sucateamento, Jurandir disse que é uma das maiores “asneiras” que ele já ouviu. Jurandir reafirma que nunca houve tantos investimentos.

Por Renato Lobo

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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