Do ano passado pra cá, cerca de 1,2 milhão de passageiros passaram a usar as linhas de Metrô e da CPTM, fazendo com que o sistema Metroferroviário carregue uma média de 7,1 milhões por dia útil, um recorde. Foi um crescimento de 20% na demanda, sendo que antes o sistema carregava 5,9 milhões passageiros.
Com mais passageiros, pior o conforto dentro das composições, e antes de 2014 pelo menos, a situação não deve melhorar antes do governo entregar mais estações. Se bem que parte desta explosão de demanda vem das novas linhas, então é possível que teremos mais usuários.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo” atribuiu à rede de metrô e trens de São Paulo notas de 9 a 10 pelo seu serviço e, no aspecto conforto, entre 6 e 8: “Estamos estudando medidas para reduzir o desconforto. Nosso pico está deixando de ser pico com cume para ser pico com platô. O vale (horários fora de pico) está ficando pequeno. Mas temos 5 obras ao mesmo tempo. Linhas 2, 4, 5, 17, mais a 9. Vamos começar as Linhas 6, 18, 13 e 10. Não vai ter páreo, exceto a China. Porém, se não for feito trabalho conjunto com uso e ocupação do solo, vamos ficar enxugando gelo. Você tem a Zona Sul como um gargalo do sistema. Vamos injetar bom transporte lá. Mas por que não se tira todos os call centers da 7 de abril, da Paulista, e não distribui isso nas periferias, nas pontas?” – disse o secretário na entrevista.
Por Renato Lobo