Mais linhas com novos pontos de conexão tornam a malha metroferroviária mais atrativa ao usuário, onde Metrô e CPTM se entrelaçam em ramais de diferentes cores e números. E olha que a nossa megalópole precisa de muito mais. Mas, com mais usuários vem junto mais falhas que as vezes custam um pouco caro para imagem do governo. O secretário de transportes Metropolitanos Jurandir Fernandes, avalia que o problema da superlotação da CPTM está vinculado ao aumento da integração com o Metrô, em especial a Linha 4-Amarela. “Foi um tsunami. A CPTM está tendo que se desdobrar para lidar com esse tsunami (de usuários) que aconteceu”, declarou.
Outros fatores são descritos por especialistas, como o Jaime Waisman, professor de engenharia de transportes da Universidade de São Paulo (USP), que falou ao portal G1. Segundo ele, três fatores levaram ao boom de passageiros na CPTM e no Metrô: a integração com o Bilhete Único, que permite pagar tarifa mais barata pelo transporte, o congestionamento nas ruas de São Paulo e o bom momento econômico.
“Como isso repercute: há uma queda notável no nível de conforto para os passageiros. Os trens deixam de estar lotados nas horas-pico e ficam lotados praticamente o dia todo”, diz o professor. Ele ressalta que a tendência de crescimento é inevitável, mesmo nos próximos anos. “As pessoas estão dispostas a deixar o carro e ir de trem e Metrô porque é mais rápido e barato. As vantagens do sistema trabalham contra ele”, afirma.
Aumento de passageiros em números
Segundo dados da própria CPTM, o número de usuários cresceu 73% em cinco anos. Foram 117,1 milhões de passageiros nos dois primeiros meses de 2012, contra 67,8 milhões transportados no mesmo período de 2007.
Por Renato Lobo