Ainda que o juiz Marcos Fleury Silveira de Alvarenga, da 12ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia do Ministério Público, que através do promotor Marcelo Mendroni acusa 14 executivos, de 12 empreiteiras diferentes, de fraude na licitação para a construção de um novo trecho da Linha 5 – Lilás do Metrô, as obras não serão paralisadas, garante o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
De acordo com o MP, a licitação para a escolha das empreiteiras que construiriam este segundo trecho tinha foi previamente combinada, com acerto de preços e formação de cartel. Alckmin disse a rádio Jovem Pan que a Justiça agiu corretamente pois, mesmo aceitando a denúncia, manteve a possibilidade das obras prosseguirem.
Comandada pelo Grupo de Repressão a Formação de Cartel e Lavagem de Dinheiro, a investigação apontou a participação de funcionários da Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Mendes Junior Trading, Heleno & Fonseca, Triunfo Iesa InfraEstrutura e Carioca Christiani, além da Nielsen, CR Almeida, Cetenco, Norberto Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão e Consbem.
Falando ao repórter Marcelo Matos, o promotor Marcelo Mendroni disse que não resta qualquer dúvida sobre a combinação dos resultados da licitação. Já o Metrô afirma que, como não foi citado, não se posicionará sobre a decisão do Ministério Público.