Os Metroviários estudam uma paralisação no próximo dia 28, que cai numa terça feira. De acordo com o sindicato da categoria, os trabalhadores reivindicam o pagamento integral do valor referente à participação nos resultados da companhia. A empresa teria a intenção de desembolsar 92% desse total. O o secretário de comunicação do sindicato, Ciro Moraes, disse ao Jornal “O Estado de São Paulo” que, com isso, cada trabalhador receberia um bônus de cerca de R$ 3,6 mil, em vez dos R$ 3,9 mil previstos.
“Não é nada de mão beijada. Às vezes, para alguns, parece que somos uns marajás e estamos recebendo um tremendo benefício. Muito pelo contrário: com essa participação nos resultados, estamos economizando a contratação de mais trabalhadores. Estamos trabalhando mais”, diz. Moraes afirma ainda que o Metrô vinculou a decisão de não efetuar o pagamento total ao fato de uma pesquisa de satisfação dos usuários ter indicado uma piora. Manter a boa imagem diante dos passageiros seria uma das metas a serem atingidas para evitar o corte. “Mas isso não está no nosso controle, pois envolve a crescente superlotação e a expansão da rede”, completa o secretario de comunicação do sindicato.
Caso haja a paralisação, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás, por onde passam cerca de 4 milhões de pessoas por dia, podem parar. Lembramos que a Linha 4-Amarela deverá continuar operando, já que é operada pela concessionária ViaQuatro.
Segundo ainda o Jornal, uma nova assembleia do sindicato está marcada para o próximo dia 23 para discutir uma eventual contraproposta do Metrô. Caso a categoria não aceite, deve agendar a greve para o dia 28.
O Metrô informou que está negociando com o sindicato e que espera chegar a uma solução até a data da próxima assembleia marcada pela categoria.
Por Renato Lobo