Toda vez em que surge notícia contra os trens, quase que instantaneamente surge outra reportagem com os investimentos que o governo vai fazer.
O Governo garante que a Rede Ferroviária vai crescer. Planeja-se investir R$ 15,2 bilhões na CPTM até 2015. “É como se São Paulo tivesse redescoberto o transporte coletivo”, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate em entrevista ao Valor Econômico.
Os investimentos deverá fazer com que a CPTM suba de 260,7 km de ferrovias para 301,4 km. As estações passarão de 89 para 98 nos próximos três anos. Assim, o sistema poderá transportar 3 milhões de passageiros por dia, 500 mil pessoas a mais do que atende atualmente. A espera média, por sua vez, de 6 a 7 minutos, será reduzida para 3 a 4 minutos em 2014. E ainda: devem ser reconstruídas ou reformadas 50 estações, além da troca de sinalização, câmaras de vigilância e portas automáticas.
Trens de Carga
Entre os investimentos está a intenção de o governo paulista, em parceria com o federal, construir o Ferroanel Norte, eliminando um dos principais gargalos no transporte de passageiros na área metropolitana de São Paulo. Hoje, trens de carga e de passageiros correm sobre os mesmos trilhos, com prolongados períodos de espera.
A intenção é concluir a obra até 2014, a um custo estimado de R$ 1,2 bilhão. A linha será exclusiva para cargas, com 60 km entre Itaquaquecetuba e Jundiaí. O Ferroanel Norte está em fase de projeto. A obra faz parte de um objetivo mais ambicioso: a construção do anel ferroviário que irá circundar a região metropolitana de São Paulo, interligando a região de Campinas à Baixada Santista.
Trens Regionais
Outro projeto prevê a ligação entre Santos, Jundiaí e Sorocaba. A intenção é resgatar os serviços ferroviários com novos padrões de desempenho e qualidade. O projeto funcional e os estudos de demanda, viabilidade técnica, ambiental, operacional e econômico estão sendo desenvolvidos. Para a CPTM, a ligação ferroviária entre as cidades trará benefícios como maior mobilidade para a população, ganho no tempo de viagem e redução das emissões de COu00b2.
Por Renato Lobo, com as informações de Valor Econômico
