A reportagem do jornal Destak acompanhou em duas horas e meia em um dos trechos. Foram 1,3 mil carros e apenas cinco bikes. Em média, a cada bicicleta que circula pela rota compartilhada no Brooklin (zona sul), passam 260 carros.
Lançada há quase dois meses para incentivar o uso das bicicletas em viagens pequenas, ela ainda é subutilizada, conforme constatou a reportagem do Destak.
Foram feitas duas visitas de 1h15 cada em horários de pico da manhã e tarde. Na quinta-feira, das 18h15 às 19h30, passaram por um trecho da ciclorrota dois ciclistas. No mesmo período, foram cerca de 700 carros. Na sexta, das 8h15 às 9h30, perto de 500 carros circularam pela via, enquanto três ciclistas fizeram o mesmo.
O conceito da ciclorrota é diferente da ciclofaixa de lazer, que “separa” uma faixa das vias só aos domingos e feriados nacionais. Enquanto na ciclovia só entram as “magrelas’, na ciclorrota é estimulado o uso misto. Por isso ela funciona todos os dias da semana, durante 24 horas.
O trecho do Brooklin tem 15 km e passa por vias que ligam os parques do Cordeiro, na altura da avenida Vicente Rao, e Severo Gomes, perto da avenida Jornalista Roberto Marinho. As vias selecionadas possuem tráfego local. Ou seja, não são usadas por veículos maiores, tais como caminhões e ônibus.
A prefeitura havia anunciado um projeto semelhante para o centro com o objetivo de interligar pontos turísticos e culturais da região, nos fins de semana. Porém, procurada na última sexta-feira para comentar o assunto, não deu prazo nem especificou em que vias ela será montada.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que a maior parte dos usuários faz uso da ciclorrota para chegar ao trabalho. Os horários de maior movimento, segundo a companhia, são das 7h às 10h e das 17h às 20h.