Andar de ônibus da capital paulista não é tão seguro. De acordo com dados da própria SPTrans (empresa que fiscaliza os coletivos) são em média quatro acidentes envolvendo os “busões” em São Paulo, índice medido até agosto de 2011, sendo superior à marca registrada em todo o ano passado, que ficou em 3,8 ocorrências. Foram 1.100 colisões em oito meses, sendo que em 2010 foram registradas 1.416 acidentes.
Declarações do diretor do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus, Nailton Francisco de Souza, dão conta de que as principais causas para o grande número de acidentes são o cansaço e a falta de atenção dos motoristas: “Os condutores enfrentam jornadas longas de trabalho e, em determinados momentos do dia, não conseguem manter total atenção nos veículos que estão ao seu redor”, afirma. Segundo ainda o diretor, falta treinamento para os profissionais: “Nós não passamos por treinamentos adequados para situações de risco”, destaca.
Mas, não é tão raro ver esta “pouca” atenção voltada para o celular, ou para o bate papo com outros colegas. Claro que não se pode generalizar. Existem os bons profissionais que estão sempre prontos a prestar um serviço descente.
Já a SPTrans diz que para reduzir este índice, em 2008 foi criado um pacotão de ações de controle dos veículos, treinamento dos condutores e análise dos fatores que resultaram em cada colisão: “Todos os acidentes envolvendo ônibus são analisados. Caso seja constatado que o condutor não praticou as ações de direção defensiva, ele terá que passar por uma reciclagem”, informa a empresa em nota. A companhia ressalta também que conta com 648 agentes responsáveis pela fiscalização diária das condições dos ônibus e de seus itens de segurança.
Por Renato Lobo, com as informações de Band
