Muito se fala em transporte público, pensando em transportas milhares de pessoas, de seus “bairros-dormitórios” para os grandes centros empresariais. A zona leste que o diga.
A Prefeitura de São Paulo promete incentivos de R$ 50 milhões para empresas que investirem na Zona Leste da capital paulista. A medida faz parte de uma série de ações para desenvolver a região, que abrigará em Itaquera o estádio do Corinthians. A sede paulista na Copa do Mundo de 2014 é considerada o possível palco de abertura do evento. Serão priorizados projetos que criem empregos e tenham inserção na economia local e que gerem efeitos multiplicadores na região. O lançamento ocorreu durante seminário sobre a Zona Leste da cidade realizado pela Associação Comercial de São Paulo.
Também presente à abertura do evento, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, ressaltou a necessidade de investimentos em mobilidade urbana. Alckmin contou que a Zona Leste tem 10% da população do Estado, mas apenas 3% dos empregos. “A Zona Leste se fosse uma cidade seria a 3ª capital do Brasil, só perderia para São Paulo mesmo e Rio de Janeiro”.
O problema crucial da Zona Leste é mesmo o deslocamento das milhares de pessoas que trabalham no centro da cidade. O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalém, avaliou que o fato causa uma dinâmica complexa de mobilidade.
O secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, analisou que a sociedade tem que ter maior compreensão das necessidades ambientais. Jurandir Fernandes acredita que as obras de construção de Metrô poderiam ter ações de controle mais equilibradas.
O desenvolvimento urbano da Zona Leste de São Paulo tem impactos importantes não só na região. Segundo a opinião do especialista em tráfego e transportes, Nelson Maluf El Hage, os ganhos são para a cidade como um todo.
Por Renato Lobo, com as informações de Jovem Pan