Foi publicado no Diário oficial desta terça feira, dia 31 de Maio, a vencedora da licitação para fabricação dos 26 trens para a extensão da linha 5-lilás, entre a estação Adolfo Pinheiro até a Chacara Klabin, que deve ter suas obras iniciadas em breve. A Caf ganhou a concorrência e desbancou a francesa Alstom.
A espanhola Caf produziu recentemente 17 trens para o Metrô de SP, que atualmente rodam nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha, a frota H, além de mais 84 trens para CPTM, sendo 40 da série 7000, todos já entregues. 8 da série 7500 previstos para a linha 9-Esmeralda, e 36 composições da série 8000 para a linha 8-Diamante.
Com sede no norte da Espanha e filiais nos Estados Unidos, México e Chile, a CAF é uma das grandes empresas mundiais ligadas ao transporte ferroviário. Os carros de aço inoxidável despontam no mercado por serem mais duráveis e esteticamente mais atraentes. Mesmo após algumas décadas de uso, a estrutura continua intacta, ao contrário dos carros de carbono, que são mais suscetíveis à corrosão.
Renascimento do setor ferroviário
A chegada da CAF, em Hortolândia, colabora para a expansão do setor ferroviário na cidade que perdeu a força, no início da década de 90, com a decadência de empresas do setor, como a Cobrasma (Companhia Brasileira de Material Ferroviário).
O prestígio da Cobrasma começou a ruir quando o governo federal – responsável por 70% das encomendas à Cobrasma – reduziu os pedidos. Adicione-se aí a crise que colocou o setor ferroviário na lona e o resultado não poderia ser outro: seis anos consecutivos de prejuízos até a concordata no biênio 1991/1992.
Em 1993, a Cobrasma ainda conseguiu levantar a concordata, mas caiu de novo nos anos seguintes e resolveu encerrar as atividades. Hoje, o antigo prédio da Cobrasma abriga empresas como a Bombardier e Amsted Maxxion, que atendem ao mercado ferroviário.
Com a chegada dessas e outras empresas do setor ferroviário na cidade, Hortolândia volta a ser referência nacional por comportar grandes produtoras de equipamentos para ferrovia.